Causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, o cancro cítrico ataca todas as variedades e espécies de citros e é uma das mais graves doenças da citricultura brasileira. È uma praga quarentenária A2 e está presente nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A bactéria causadora dessa doença foi introduzida no Brasil em 1957 na região de São Paulo. Ela é de fácil disseminação e um de seus agentes de difusão é o próprio homem. Altamente contagiosa, ela é resistente e consegue sobreviver em vários ambientes por vários meses. Em folhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivência da bactéria pode durar muitos anos.
Não há medidas capazes de eliminar completamente a doença. As plantas infectadas devem ser erradicadas. Por ser uma "praga" quarentenária o comércio de frutos e seus derivados para países livres da doença fica impedido.
A doença manifesta-se por lesões em folhas, frutos e ramos, e pode provocar a queda dos frutos e folhas contaminados. As lesões podem ter características variadas, podendo ser confundidas com outras doenças e pragas.
Sempre que houver suspeita de contaminação em um pomar. A Adagro deve ser avisada imediatamente para que o material seja recolhido e levado para análise em laboratório credenciado.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Implantação ou renovação do pomar com mudas sadias
Instalação de barreiras quebra-ventos colocadas a cada 100 metros, levando-se em consideração a direção do vento
Cuidados devem ser redobrados durante a colheita. Essa época é a mais favorável para a disseminação da doença, por causa do intenso trânsito de pessoas e materiais dentro da propriedade.
Rigorosa inspeção dos pomares.
As escadas, sacolas e caixas devem ser desinfestadas.
Antes de os trabalhadores entrarem no pomar, devem trocar de roupa e fazer a desinfecção de mãos e calçados.
Evitar que os caminhões entrem nos pomares